meu presente de ano novo.
Se bem que o meu novo ano já começou há tempos, no dia em que eu joguei as cartas antigas no lixo e comecei a escrever cartas novas.
De fato os novos ensaios da minha vida cabem em uma caixinha de papel, com dois Tsurus em cima. Isso não é de todo triste, são ensaios bem elaborados e em sua maioria de cunho filosófico, como as voltas e os por quês, os encontros e desencontros. Ontem, relendo os pedaços de papel com as pequenas sátiras que eu elaboro durante os tais ensaios pude ver que o futuro já estava escrito, eram pequenas frases pontas que mostravam o que estava por vir. Sexta-feira eu reclamava com o Vento o fato de náo ter uma bola de cristal, e no dia seguinte eu descobri uma ferramenta mais poderosa: o passado.
O mais engraçado nisso tudo é a forma como eu coloco a minha vida, como organizo ela...uma troca insessante de ideais, a reestruturação do meu sistema, os artigos, os personagens, o simples fato de jogar as cartas fora para ficar evitando a minha nostalgia, o meu hábito mais triste.
Não passou ainda, mas eu tô trabalhando em cima disso, começo a me sentir viva, cada vez mais viva.
Sobre os votos de ano novo, relendo os meus ensaios eu sei que coisas boas me esperam, eu ainda não sei direito o que, mas é bom e confesso que nunca fiquei tão ansiosa esperando o Ano Novo.
Sobre as lembranças do ano que termina: muita coisa boa... os amigos, os váários amigos, os amigos de verdade, os encontros, as encruzilhadas para chegar onde era o meu lugar, a nova Laine [2.0], o corte de cabelo do meu irmào, a minha nova tatuagem, a Lua e as Flores, Laine laine laine Thacka!, as cervejas, e as coca-colas no meu caso, durante o intervalo na aula, as Jam sessions, o último dia do bar, um beijo roubado, um beijo que eu roubei, a minha música, a primeira vez que eu joguei as cartas fora, o hábito que isso se tornou, as pessoas entrando na minha vida e indo embora em seguida, as pessoas que foram para sempre, as pessoas que nunca morrem, as que nunca existiram, as tequilas, o Live At Pompeii, a Alice, o Gato de Chechire, a Mery Poppins, uma foto, uma promessa, o Natal e o compromisso, a primeira vez, a volta, o drama, a nostalgia que eu tenho exercitado muito ultimamente, a família reunida na sala me esperando pra sobremesa, o fim que eu dei na ceia da minha família, o balanço a uma da manhã, um passeio no parque, os dvd's do AC/DC...
E ainda faltam 9 horas pra acabar o ano.
Preciso de uma caixinha maior, e mais Tsurus em cima dela.