...e há uma rua que nem em sonhos sonhei...

“Não há nada como o sonho para criar o futuro.
Utopia hoje, carne e osso amanhã.”
Victor Hugo

retalhos de pensamento...

pessoas criam deuses como quem cria um "tamagoshi".
e quem nunca teve um??
tá bom, pode até não ter tido...mas já desejou.

eu já tive, três na verdade. ainda bem que a minha fase já passou.
a questão é que não é pra todo o mundo que isso passa...

em estilhaços d'alma...

"cuide dos seus instintos e o som das palavras cuidarão de si mesmos"

disse a Duquesa à Alice, e eu concordo.

mais uma vez fazendo uso das metaforas, so pra nao parecer retaliação.

imagem do dia...

sempre surreal Dali.
para mim: expressivo ainda...

por que tá na gaveta.

mas como chegar até as nuvens com os pés no chão? ou omnia vincit

ouvindo: eu era um lobisomem juvenil - legião urbana

"se eu pudesse ter um desejo maior, desejaria abraçar o meu mundo e tirar dele toda a dor..."

nunca esqueci essa frase, mesmo não sabendo de onde saiu, acho que do meio de um romance barato. bom, não importa...
eu lembro que lia meus livros há exatamente um ano e meio atraz e me disfarçava em noites loucas. me escondia atraz da alice e de tudo de bom que ela me trouxe. continua a trazer a pequena loirinha sonhadora, mas agora sou eu quem leva ela pela mão...

alice que me despertou a gana pela leitura, mais tarde despertou minha imaginação que flui até hoje, e ainda mais tarde me chamou atenção pelo simbolismo e pelas mensagens e deixas pra interpretações de cunho lisérgico.
ela foi a minha metáfora, e ela me mostrou meus caminhos...
e ela me ensinou a me afogar nas próprias lágrimas...e ser várias pessoas em um dia só.
ensinou a escutar conselhos e procurar o caminho do jardim...

como eu gosto de lembrar daquele tempo em que dois livros de capa azulada eram meu oráculo, minha bíblia. minha outra identidade....

como falei, um dia resolvi levar a alice pela mão. hoje eu me livrei da minha proteção covarde e descobri todas as coisas boas do mundo das maravilhas no mundo que me é permitido.
o mundo das coisas de verdade, de pessoas verdadeiras, de sentimentos e virtudes verdadeiros...onde a máscara mais densa que alguém pode usar é a maquiagem pra uma festa, que cai depois de tanto pular no revival e me permite ver a amargura e a dor de ser o que é na menina dos olhos.

e eu continuo tendo os melhores amigos do mundo, mesmo eles não sabendo que eu penso isso.

da série: respostas possíveis!

episódio: o casamento

1. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? SIIIIIIIIIIIMMMM!!!!!(com um tampão nos ouvidos, dentro de uma cabine e uma luz piscando na minha frente.)
2. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? ahnnnnn......nnnn.....
3. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? peraí! isso é um casamento??
4. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? eu preciso responder agora?
5. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? manhêêê....me ajuda aqui!
6. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? ...... Laine??..Laine??
7. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? esposo???
8. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo?? defina: legítimo!
9. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo??sabe que eu tava justamente pensando nisso?
10. Laine, você aceita Jon como seu legítimo esposo??então seu padre....

muito obrigada pessoal, vocês foram ótimos!

uma bigorna a menos...

se eu soubesse dos efeitos....ahh se eu soubesse!
muito sofrimento seria evitado, muito rancor, muitas palavras crueis não teriam saído da minha boca.
o alívio agora é tão grande q eu tenho vontade de fazer denovo, e denovo...e denovo!

frase de impacto+olhar profundo+sorriso irônico/simpático = uma bigorna a menos.

=D

almas simples.

depois de uma semana trabalhando em cima de me tornar no minimo
...suportavel...veio o final de semana. com toda a carga dele!
o sabado trabalhoso, e loooongo.
chego na casa do bem duas horas depois do combinado...janela entreaberta pra lembrar de noites de verao...carinhos, filminho, beijinhos...tava ali o alivio e a paz que eu tanto mereço. bem ali, deitada no lado esquerdo do peito dele...

acordar no domingo com beijos e ver que ainda eram nove horas me deixou com um sorrisao estampado! dia booom...tranquilo...a paz que eu merecia... e o que fez valer nao foi nem um xis com amigos no final do domingo, nem piadas, nem as habituais quimaçoes de filme, e nem as piadas infames e maldosas de sempre...

foi uma conversa longa com lues baixas.
planos pra um futuro, lembranças do inicio do namoro, como se estivessemos juntoas ha mais de ano...
foi ter a certeza de que eu depositei todo o meu amor no lugar certo.

ouvindo: cazuza-todo o amor que houver nessa vida.

o meu destino é woodstock, mas eu chego.

quando muitas coisas acontecem, se torna impossíveldar a atenção que cada uma merece.
viver na medida, praticamente no limite do ser...mais uma gota de fúria é capaz de matar, a mim ou a pessoa que estiver mais próxima.
chega um ponto onde a gente não se aguenta. eu mesma tô com uma vontade louca de viver fora de mim.
não é por nada que e minha mente tá tão exausta quanto meu corpo.
não é por nada que eu quase esqueci o que significa a palavra "cheshire".

o invisível nos salta aos olhos em situações como esta, onde o extremos estão próximos...onde é possível tocar o céu e o inferno quase que instantaneamente. eu quase consigo ligar o passado e o presento por uma linha racional, que me permite julgar. e eu me permito fazer julgamentos, e eu me permito tomar o lugar que já me foi tomado uma ou outra vez. nem que seja apenas dentro de mim, nem que seja só pra eu me sentir viva denovo, nem que seja de mentira...

no meio de uma semana muito longa, e mais conturbada do que longa, posso dizer que tirei de proveito apenas duas conversas, primeiro com o bem [que fez eu me sentir segura estando com ele] e depois com a grazi [que me fez sentir segura estando comigo mesma]. trocas de olhares, desculpas sinceras, explicações necessárias, verdades redundantes, esclarecimentos, declarações e revelações foram pauta... eu sei que eu tenho o que eu preciso, sei que eu tenho o que amo, e amo o que tenho, mas isso não vai fazer eu deixar de sentir assim. pelo contrário! ainda fica o peso do meu sentimento de egoismo, que no fim das contas é o pior.

no mais eu sinto que as coisas tornaram-se mais essenciais do que estéticas agora.
um romance de 30 no meu cotidiano não é necessário.
necessário mesmo é o que se pode tocar, e mais: sentir.
eu sinto agora. e tudo o que eu sinto, sinto do fundo da alma.

o amor, a falta, o medo e o alívio...
quero o mais forte e o mais sincero.

[e quero o número da psicóliga da gaziii]

ouvindo: quando o carnaval chegar - chico buarque

D'oh!

dentro do onibus, frente do habib's:

Laine: nossa! que estranho!
Colega: o que?
Laine: mini kibe de homus...
Colega: que nojo!
Laine: tu ja comeu??
Colega: eu nao!!!! Homus eh titica ne??
Laine: ahn....nao?! [?]
Colega: claro que eh...aula de biologia guria!
Laine: ahhh...HUMUS!
...


eh...

por que ela sempre sabe mais do que eu... ou "you spoke 'fig' or 'pig'??"

"Eu gostaria de não ter chorado tanto! Eu devo estar sendo punida agora, suponho,
afogando-me em minhas próprias lágrimas!
Isso sim será uma coisa estranha.
Entretanto, tudo está estranho, hoje."

[...]

"A primeira coisa que eu tenho que fazer é
crescer até meu tamanho normal outra vez,
e a segunda é encontrar o caminho para
aquele jardim adorável.
Acho que este é o melhor plano."

[...]

"Eu não acho que eles joguem de maneira muito certa. E discutem de um jeito tão maluco que você não consegue ouvir ninguém falar...e parece que eles não têm nenhuma regra. Finalmente, se têm, ninguém parece respeitar...você não faz idéia de como é confuso jogar com todas essas
'coisas vivas'...!"

[só por que eu não entendo nada do que está sendo dito...nada!]

cada um sabe a dor de ser o que é...

decidir, seguir, frear...
tudo no tempo certo.
é quase como executar uma sinfonia, eu acho [por que eu nunca executei uma], questão de saber o tempo certo de tomar a atitude certa.
não basta ser corajoso, é preciso força.
e eu não tenho mais força...e minhas armaduras caíram, e setembro acabou...é sempre assim quando passa o setembro. eu perco tudo o que eu ganhei no ano todo.

e agora tudo isso, e tudo junto...uma coisa atraz da outra...eu nem sei pra que eu devo olhar mais. me sentir mal por priorizar problemas individuais é apenas uma vírgula do que tá se passando aqui.
e além disso a vontade de abraçar tudo, de tomar frente em tudo o que é tipo de situação...
nem meu trabalho é mais tranquilo, nem aqui eu consigo respirar do mesmo jeito. parece que o alívio que eu tanto quero tá cada vez mais longe, e eu vô ficando sem ar, e com medo de respirar fundo...e com medo de piscar o olho e derrubar uma lágrima na frente de todo o mundo...e mostrar o quanto a minha fraqueza é mais forte do que qualquer força que haja em mim.

é como se eu estivesse assistindo a minha vida de fora, e eu me vejo fazendo coisas que eu não posso mudar. e eu vejo coisas acontecendo das quais eu não posso participar, moldar, adaptar...e eu olho pra mim, e pra dentro de mim e vejo uma pessoa doente. doente de vontade, daquela vontade que eu tinha há exatas duas semanas atrás...daqueles sorrisos sinceros, daquelas piadas convenientes...daquele jeito de resolver tudo com criatividade.

e tudo o que eu tenho tá indo embora por entre os dedos. tudo o que eu tenho de mais importante eu acabo deixando em segundo plano simplesmente por que eu não sei lidar com nada do que tá acontecendo...

eu tenho medo da pessoa que eu to me tornando.
simplesmente por que é tudo o que eu sempre neguei.

a verdade e que...

algumas vezes é melhor calar.

e em outras é melhor recuar.

c'est la vie.