24.1.07

choveu. extamente como tinha de ser.

Hoje, depois de muito tempo, eu desejei que o meu dia não acabasse.

Revirei a caixa onde eu guardo as cartas mais antigas, nela eu encontrei uma que escrevi no dia /18/09/1998...as vesperas do meu 11º aniversário. A letra não lembra em nada a pessoa que escreve as cartas de hoje, a minha personalidade tb não...mas cantinuo assinando da mesma forma que eu assinava naquele tempo: Gislaine C.
Escrevi de forma inocente tudo o que eu vivi naqueles 10 anos e 364 dias [da mesma forma que está na carta.], e tudo o que eu queria dali por diante. Confesso que eu fiquei desapontada comigo por ter me desviado tanto do que eu queria para mim.

Mexer na caixa, que na verdade é um baú de vime branco com dobradiças enferrujadas, fez a tarde passar depressa. O fim do dia veio com uma chuva diagonal, repentina e ensolarada. Fui obrigada a esquecer a caixa antes que a chuva cessasse.
Fiquei de pés descalços em cima da grama, só ali, só me sendo...Não lembro o que eu pensava na hora, mas sei que me senti muito bem por ter pensqado.

A chuva durou pouco, quando começou a fraquejar eu olhei pra escada da minha casa, a minha mãe me contemplava com boca de surpresa e olhos de satisfação: "-É bom te ver bem!"

Meu dia valeu à pena, pela não-sei-quantésima vez.

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