30.8.07
29.8.07
cada um tem a morte que merece.
hoje, durante a aula de laboratório de criatividade [sim, a mesma q tá deixando a gaziii ainda mais pirada...] eu dialogava com o professor em uma conversa meio bucólica. depois de passadas as coordenadas sobre um exercicio onde usaríamos massinha de modelar para expressar a extinção da raça humana, surgiu, em meio a burburios, a seguinte expressão: ninguém merece uma morte tão trágica!
eu olhei pro colega e disse: existem mortes piores...professor virou pra traz e me olhou com cara de quem concordava: -ãããhãmmm, disse ele com sotaque portoalegrense.
sim, existem maneiras piores de morrer...até por que o pior nunca tem limite [sim deÇa, usando tuas frases].
mas, para mim, a pior morte é aquela em que a gente pensa que ainda está vivo...
"se morre muitas vezes enquanto se vive" Nietzsche [brigada namoradin]
e eu acredito.
algumas pessoas, de tão cheias de si, alienam-se do resto do mundo. impõem suas vontades e opiniões: -isso deve ser assim! dizem, sem ao menos cogitar a idéia de estarem errados. [Nietzsche também falava que não gostava de pessoas de alma estreita...]
essas pessoas estão mortas...não só de vida, mas de experiência, mortas de conhecimento, mortas de verdade, mortas de intensidade...
morre lentamente, o que torna essa "morte em vida" ainda mais dolorosa.
namorado costuma dizer que poucas pessoas são dignas de pena.
e eu também concordo...até por que são poucas pessoas que morrem por falta de conhecimento...por falta de vontade de novo. por ego inflado!
toda a experiência é válida.
toda a análise é bem vinda!
analisar é o primeiro passo da semiótica, e é o primordial.
todo o comentário é forma de expressão.
toda a expressão é exalação de conhecimento.
por fim, todo o conhecimento é aplicável.
25.8.07
a lack of color
é tão dificil enfrentar a adversidade quando tudo parecia estar certo.
tudo vai entrar no tempo.
pro meu bem, e pro bem de quem eu amo.
24.8.07
fala
Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá
Fala
Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto
Fala lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Fala
20.8.07
17.8.07
donos de olhar vazio ou para saber como tenho passado 3.
um dia eu chorei feito louca por um olhar vazio. no dia seguinte eu tirei da minha vida tudo o que era impróprio, o que era falso.
viver de verdades têm sido meu lema e a minha busca.
à partir daí as coisas passaram a fazer sentido...os olhares dos quais eu tinha medo, as verdades das quais eu sempre me esquivava, a minha mania de viver na defensiva...tudo. sentido em tudo!
no meio da tarde, entre um café e outro, fui tirar minha dúvida sobre o comportamento das pessoas. sobre o verdadeiro comportamento das pessoas, que é o que mais me interessa.
um sorriso grande na minha cara, estampado com toda a minha felicidade saiu de mim. prova da minha alegria e prova de tudo o que eu tinha vencido.
em resposta um olhar vazio e palavras fracas, cheia da dor que não deixa viver, ou pelo menos não deixa ninguem ser totalmente feliz. o olhar, tão ou mais vazio do que os olhares mais vazios que eu ja tinha visto... resultado da falta de excência das mentes fracas que cercam, dos corações pobres de felicidade que cercam. cercam à todos e à tudo que luta por seu próprio progresso.
depois de uma troca de meia dúzia de palavras sem conteúdo eu me despedi com o mesmo sorriso, virei as costas e saí...estourando uma bola de chiclete.
eu sou maior do que isso tudo, e as pessoas que eu amo também.
15.8.07
para saber como tenho passado 2.
tudo o que poderia estar me destruindo, meus medos e tristezas, minhas decepções, minha ira e minha angústia..aqueles sentimentos que até pouco tempo atrás eu não sabia dominar...tudo isso têm me feito cada vez mais forte.
deve ser mais ou menos como Freud [acho que era ele mesmo] dizia, algo como: "o medo pode servir como um trampolim para o sucesso!"
nesse caso não se trata apenas de medo...infelizmente. ou felizmente!
aprendi a não me deixar esmorecer pelas atitudes "dozotros". aprendi a me colocar acima de toda a dversidade daqueles que tentam impiedosamente e impensadamente destruir a minha vida e a das pessoas que eu amo.
até pouco tempo eu pensava que meus maiores problemas estavam diretamente relacionados à minha conduta para com os outros, em ser a pessoa mais agradável possível... me enganei e precisei quebrar a minha cara pra entender o que algumas pessoas tentava enfiar na minha cabeça!
meu problema sempre foi a maneira como eu me via, a importância que dava para mim mesma, para minhas vontades e meus ideais.
parte de uma carta que me foi entregue fez eu me ver por dentro, e ver como eu me sentia...um pedaço frágil de alguém que eu amo muito fica guardado comigo como prova de tudo o que temos em comum.
minha dor me fez maior...
eu não apenas acredito que isso é possível, mais do que isso, eu sei que a dor é a maneira mais fiel de se encontrar.
6.8.07
eu bebo por que tenho sede. ou não vou medir a altura do tombo.
antigamente eu escrevia por que lendo eu conseguia entender melhor minha vida.
nesse final de semana eu descobri alguém ou alguma coisa que me faz entender, sem precisar de palavras.
externar é perigoso.
uma conversa e um desabafo numa mesa de bar...algumas lágrimas minhas, algumas lágrimas dela.
algumas mulheres devem ser no mínimo adoradas...e eu lembrei da Su e da Gaziii..inevitavel lembrar de mim e da minha mãe juntas e fortes. ouvi uma frase da Greice que me fez saber o que eu pensava:"passei a ver as pessoas pelo que elas viveram".
outro desabafo, precipitado? talvez. eu não me importo mais com o tempo. o Chapeleiro Maluco foi condenado à tomar cha das 6 eternamente por ter marcado o tempo.
vi a gaziii só na sexta, falei com a Su só no fim do final de semana e no domingo elas foram assunto na minha conversa com o Jon.
aliás, todas as pessoas que me enchem de orgulho fizeram parte dessa conversa.
entendi que a mudança na minha vida começou depois da limpa que eu fiz na minha alma, do peso que eu tirei das costas e da dor que não era mim e eu abri mão de sentir...e dessa vez nem uma carta precisou ser jogada no lixo.
aliás, poucas cartas foram escritas desde então. descobri que falar é mais fácil, dá mais resultado e alivia a tensão.
até por que cartas que não eram entregues não tinham utilidade nenhuma.
bilhetes com pequenos devaneios me foram entregues, eu entendi tudo.
novas decisões, algumas mudanças vão precisar ser feitas em uma folha A0, ou talvez nem tenha necessidade uma folha que planeje minha vida nos próximos 6 anos. eu finalmente percebi que eu não posso ter total controle da minha vida.
mente e coração estão diretamente ligadas, mas não nessa ordem.
café café e mais café em um final de semana iluminado.
ler um recado no orkut, cheio de alegria quase fez eu me arrepender de não ter passado uma tarde de domingo lagarteando no sol.
trabalhar é preciso, dignifica e me mantém com a mente ocupada.
talvez seja como foi dito, apenas uma fuga...mas eu não me culpo por fugir.
eu faço parte disso tudo, e é um previlégio.
"Eu quase preferia não ter entrado naquela toca de coelho...e no entanto...e no entanto...esse tipo de vida é tão curioso, sabe? Eu fico pensando: o que será que aconteceu comigo? Quando eu lia contos de fadas, eu achava que aquele tipo de coisa nunca acontecia, mas agora...eis-me aqui, bem no meio de um deles! eu tenho absoluta certeza de que deve existir um livro escrito sobre mim. E quando eu crescer, eu vou escrever um..." - Alice.
4.8.07
música nos ouvidos.
na verdade eu acho que tocava apenas na minha cabeça.
todas as outras pessoas dançavam num ritmo diferente enquanto eu segurava uma cerveja que nem minha era...
"le premier chagrun du jour
c’est la porte qui se ferme
la voiture qui s’en va
le silence qui se instale"
certamente só eu ouvia.
larguei a cerveja que não era minha e reclamei só mais um pouquinho pra não perder o costume.
podre de cansada mas sem nem ao menos tentar prender o riso, que tá solto já faz um tempo.
2.8.07
riso solto, como o do gato.
sabe o que eu acho profundamente intrigante?
admirar uma pessoa à ponto de pensar que é impossível admirar mais...
aí, depois de alguns instantes jogando conversa fora, descobrir que essa pessoa merece ainda mais admiração.
eu não sei se é o fato de um olhar dizer muita coisa,
se é pelo fato de mesmo com barba, conseguir ter um rosto de criança [e bem sabe que eu adoro crianças]...
ahh, eu realmente não sei.
presente perfeito de você para mim.
e não falo apenas da menção à Alice, falo de se permitir, falo de deixar eu fazer parte de tudo isso que vc tá vivendo.
noite de agosto perfeita.